Eu fui abusado

Já falei sobre isso antes.

Mas é o tipo de assunto que precisa ser repetido várias vezes.

Pois é, eu fui abusado há alguns anos.

Graças a Deus, não foi sexualmente.

Mas profissionalmente.

E não só uma, nem duas, mas inúmeras vezes.

Por agências, por donos de agências, por clientes e até por sócios.

Passei anos sofrendo com isso.

Trabalhando 8, 10 horas por dia.

Virando noites.

Dando meu melhor… para abusadores que só faziam me sentir pior a cada dia.

Até que um dia eu cheguei na tristeza profunda.

A vontade de não levantar da cama pra encarar o mundo.

A dor no peito e a rejeição do corpo causadas só de pensar que aquele era mais um dia de escravidão.

Domingo de noite??

Ansiedade a nível estratosférico.

Segunda de manhã?

Eu entrava em modo zumbi e passava o dia inteiro repetindo a mesma coisa em minha cabeça:

“Eles não me valorizam. Eles são nojentos. Eles só querem me usar…”

Todo dia. O dia inteiro. Esse tipo de conversa ficava se repetindo em minha mente.

Claro que eu pensava em sair daquela agência.

Mas imediatamente eu pensava que apesar de tudo, eles pagavam bem.

E os outros lugares era ainda piores.

Então eu calava a voz do bem e voltava a ouvir a voz do pequeno demônio que só queria me afundar.

Passei anos assim.

Até que um dia comecei a ver o mundo com outros olhos.

Vi que nenhuma daquelas pessoas estava apontando uma arma pra minha cabeça e me obrigando a estar ali e trabalhar pra eles.

Era uma escolha minha.

Aí comecei a ver que, diferente do que eu “enxergava”, o mundo é imenso e possui infinitas possibilidades e oportunidades diferentes.

Ou seja, não existia só aqueles caminhos que se repetiam em minha mente.

Isso me motivou a buscar alternativas e foi o que me levou ao copywriting.

Mas não demorou pra coisa começar a se repetir.

“O mercado não entende o que eu faço”

“Os clientes não querem pagar valores justos”

“O Brasil é foda”

E de novo eu deixei o diabinho vencer.

Abandonei o copywriting por uns anos e me dediquei a outras coisas.

Mas não demorava pro mesmo problema se repetir.

Foi aí que eu entendi que o problema não era com o mundo.

Mas sim comigo.

O grande problema é que eu estava tentando me encaixar no mundo dos outros – ao invés de criar o meu próprio mundo.

E enquanto eu vivesse tentando me encaixar no que os outros queriam… eu nunca seria feliz.

Por que os outros só querem o que é melhor pra eles:

Que em geral se resume a pagar nada e exigir tudo de você.

E se você não se valorizar e não acreditar em si mesmo… você sempre vai cair nos planos dos outros.

Pode parecer coisa de coach mas…

Tudo muda quando você DECIDE mudar.

Minha vida mudou quando eu decidi que não iria mais trabalhar com clientes ruins nem fazendo o que eu não gostava.

Mudou quando eu parei de enxergar o lado ruim do mercado e comecei a buscar o lado bom.

E acredite, quando você DECIDE que só quer o melhor pra sua vida, o mundo se molda à sua vontade.

As oportunidades aparecem.

Mas não com um tapete vermelho e uma água de côco.

Elas aparecem como desafios.

E nesses momentos, mais do que nunca, é a hora de pular de cabeça e acreditar em você mesmo.

Acreditar que mesmo que você não tenha todas as respostas agora, e mesmo que não esteja preparado, você vai dar um jeito pra fazer dar certo.

E aí o ciclo se repete.

Você DECIDE que vai fazer dar certo….

…o mundo lhe mostra os caminhos.

Mas não com tapete vermelho.

Isso é crescimento.

É isso que nos tira do modo zumbi e dá a energia e motivação pra seguir em frente em busca de uma vida melhor.

Acredite em você.

Ignore a voz do diabinho e DECIDA o que você quer pra sua vida.

Não importa qual louco seus sonhos possam parecer.

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